terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pensões douradas

Falando das pensões douradas vitalícias de certos ex-políticos, o governo vem agora propôr medidas (embora muito timidas - mas não deixam de ser um princípio) no sentido de haver cortes nestas subvenções. A saber...subvenções entre os €5030 e os €7545 vão sofrer um corte de 25%. As subvenções acima dos €7545 sofrem um corte de 50%. Isto vai ser gradual para que os visados não fiquem traumatizados.
Eu acho pouco. Para começar os ex-políticos deviam receber estas pensões aquando dos seus 65 anos tal como toda a gente.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Brokes?!

A coligação dos Conservadores (Tories) e dos Liberais Democratas a que já chamaram de Brokeback Coalition dado o nível de empatia exibido por David Cameron e Nick Clegg, já aprovou um orçamento rectificativo com o maior corte na despesa pública em décadas e deu o tiro de partida para a revisão do sistema político. Os ministérios desdobram-se em anúncios de reformas: a Educação quer revolucionar o sistema escolar. O ministro Michael Gove fez aprovar uma lei que autoriza as escolas a transformarem-se em academias, independentes das autarquias e com liberdade de gestão e aprovação dos currículos dando aos pais e professores poder para se organizarem e criarem os seus próprios estabelecimentos de ensino; a Saúde propõe dar maiores poderes aos médicos; a Segurança Social quer incentivar o regresso ao mercado de trabalho; o Interior propõe que os comissários de polícia sejam eleitos pelas populações. Ideias que ameaçam pôr em estado de guerra médicos, polícias e professores.

sábado, 12 de julho de 2008

Os IVOS de Pedro Santana Lopes

1. O José Sócrates que se cuide porque vêm aí as forças de bloqueio e que não é a oposição no Parlamento “o regresso de Cavaco Silva ao tabuleiro de xadrez político. Com Manuela Ferreira Leite como ‘rainha’ e ‘bispos’ e ‘torres’ já em movimento”
2. Mas há sempre pontos em que concordarão. A permanência de Barroso na Comissão Europeia ameaçada pela não ratificação do Tratado de Lisboa.
3. Há quinze anos que proclama (ele) a desertificação do país. “Não há país europeu que seja tão desequilibrado na distribuição de pessoas, recursos, bens e equipamentos.”
4. Para quê um novo aeroporto se temos este (o da Portela) que é tão bom e tão perto?
5. O novíssimo lema de P.S.L. “Façam coisas mas não se mostrem”.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Enfim...a oeste algo de novo

Pedro Passos Coelho.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Oh suprema desilusão!!

O confronto JS vs SL não ofuscou o interessantérrimo debate do orçamento para 2008. A oposição não conseguiu colher dividendos e limitou-se a rir e a abanar a cabeça da esquerda para a direita e vice-versa perante as investidas de JS no seu papel de defensor do orçamento e das suas potencialidades. A oposição não é credível, não porque não queira mas porque não consegue. Acaba sempre por se deixar ludibriar pelo discurso ligeiro de JS que, ou não responde às perguntas (quando não lhe convém) remetendo para o seu interlocutor (de direita) as culpas do estado do país ou limita-se a apontar erros de interpretação quando o interlocutor é de esquerda. JS faz sempre um jogo de antecipação que requer um exaustivo trabalho de casa. A oposição faz ainda o jogo do amadorismo e da improvisação.
Perante este cenário morno sem banho de sangue é natural que as galerias ficassem quase desertas a meio da sessão. Outra coisa ainda mais intrigante é o caso da bancada da CDU que, quando um dos seus deputados começou a falar, quase todos os seus congéneres decidiram fazer uma pausa e sair (o discurso dos comunistas está tão gasto que até os próprios já não o suportam!!!)
Quanto ao orçamento propriamente dito, fica para depois…

A grande expectativa

O orçamento é um pretexto (um bom pretexto) para o grande combate entre os dois “titãs” .
Adivinha-se uma sessão acesa, a contrariar o cinzentismo que tem pautado as sessões do hemiciclo.
Espera-se que os dois gladiadores tenham feito o trabalho de casa e não desiludam a assistência (galerias esgotadas, inclusive) sedenta de “sangue”.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Menezes, o viagra do PSD

Estando o PSD a quilómetros luz do poder por diversos motivos sendo o principal a total falta de capacidade para se diferenciar do PS, elegeram os eleitores um líder que para além de se colar às políticas do governo como foi na questão dos impostos, do referendo europeu, do papel do estado, tenta copiar, também, as próprias estratégias de José Sócrates como é agora o caso do silêncio em relação à formação da sua equipa que será conhecida apenas no congresso do próximo fim-de-semana. Com uma oposição deste calibre, é natural que o governo se dê ainda mais ao luxo de fazer tudo à sua maneira e como disse Mário Soares, isto “é uma calamidade para uma democracia”. Não deixa de ser curiosa a extensa lista de nomes avançada para a sucessão de Marques Guedes: Santana Lopes, Mota Amaral, Duarte Lima, Rui Gomes da Silva, Paulo Rangel, Jorge Neto, Patinha Antão e Mendes Bota. Sendo Mota Amaral o preferido para dar credibilidade ao grupo parlamentar, embora se lhe reconheça falta de dotes oratórios, e Santana Lopes (que durante a semana se chegou à frente para dizer que afinal ainda está vivo) a escolha de último recurso por lhe faltar a credibilidade tão, urgentemente, necessária e ainda haver o perigo de se criar a ideia de uma liderança bicéfala. Posto isto e voltando à tese do PSD estar muito distante do poder, esta seria uma boa altura para arrumar a casa: ganhar estabilidade, credibilidade e sarar feridas. Mas a ansiedade, a impaciência e a vontade de mudar apenas por mudar, deram a vitória a Menezes que de tanto brandir a espada contra moinhos de vento irá criar uma tensão tal dentro do partido que o deixará exangue e ainda mais distante daquele que era o seu objectivo primeiro: o poder.